Moda


Como não ser e viver por ela?
Como não gostar, como odiar, se a moda é bela?
Usar e abusar das cores, do instinto que dita.
Ser e observar os empecilhos. Ela é maldita.
Usar um Armani ou Macqueen. Tudo é beleza.
Possuir postura, brilho, encanto e personalidade.
E se matar pelo algo que não suporta vira proeza.
E viver com muitas cores, com muito preto, trás inimizade.
Só por que é homem, não se veste de moda.
Só por que é algo estranho, não dá nem corda.
Você não e nunca nasceu para a moda. Ela nasceu para você.
A perfeição não existe. A beleza é espiritual.
A moda divide, e mais, é a personificação do mau.
Viver de sua forma, ou impor a sua forma?
A moda é algo divino, que nos deforma.
Somos algo indecente, e acertamos no azul para a estação.
Com o bizarro, nós alcançamos a tendência do verão.
O tecido, a costura. Malhas. Tudo é perfeito.
O cabelo, a postura, a silhueta sem defeito.
É a moda. É liberdade, é seguir padrões.
É ser odiado, ser aclamado, viramos vilões.
O corte reto para direcionar ao acabamento final.
A dose de Yin/Yang, a dose mortal.
O gosto popular, o gosto exagerado.
O gosto esquecido, o amor desengonçado.
A paixão eterna pelo gosto de vestir-se.
Os lucros, a maldade, a padronização. Tudo tolice.
Com convicção e com estilo, raiemos beleza.
Com status, poder e um bom terno, ganhamos nobreza.
A moda é minha, sua, a moda é amor.
Usar, possuir, ter, omitir, orgulhar, sentir dor.
E ser influência é usar o anormal,
A moda soma, multiplica. Genérica para refletir.
E nos usam, e reinventam, tudo para persuadir.
É tudo muito passageiro. A moda vai e vem.
É tudo muito psicodélico. Na verdade ela é do bem.
A moda é um demônio viciante.
Os ternos, as gravatas. É muito empolgante.
Não se aceitar. Mas você se veste mal.
Chorar e mudar, saber escandalizar. É muito legal.
Tentar terminar algo do real.
Saber possuir, matar e destruir. É o sinal.
Dinheiro é tudo, com a moda é excelente.
Somos maquiados a um diário enlouquente.
Mas todos nós apenas esperamos por motivos.
E se identificamos, e se vangloriamos, ficamos comovidos.
Buscamos pelo novo, buscamos idéias.
Mas somos comuns. Dividimos gostos e misérias.
Essa pandemia é muito acolhedora.
Temos nossas vidas e mentimos numa boa.
Porque a moda disfarça e se multiplica.
Porque moda impõe, porque moda fabrica.

By: AyKe.Hanedef.

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