Perfeita é a Merda

Feito em 17 de junho de 2011...
Acabada é sua intensão,
Da intensa vida da pressão.
Essa merda é minha vida,
Essa merda é minha vida.
Acabada e perfeita,
Da inflamação à agonia de uma cama.
Humilhe, humilhado da vida,
Humilhe e coma sua fama.
Isso é minha merda,
E eu tenho todas as permissões,
Acabada de merda de vida.
Exato é o problema,
Inflamação é seu dilema,
Ele apenas é uma oração,
Que se usa e se joga fora.
Dei-me um pouco de cores,
Um anti-inflamatório de arco-íris,
Um pequeno pedaço de seu mundo.
Viva sua desgraça,
Ou morra na sua merda,
Exata merda, exata inflamação.
Cuidado com o que come poeta,
Viva de luz em sua dieta,
Não clame pela merda,
Você não é aquilo que é.
Se inflame e morra sua desgraça,
Putrifique sua merda.
Cuidado com o que pensa poeta,
Doente na alma. Doente no corpo.
Completo, consumado, seu total.
Arrematado, inteiro, cabal.
Sua vida é notável!. Sua vida é uma merda.
Em uma cama se aprende,
A reviver e a ver um mundo,
Em uma febre se aprende,
A valorizar e vangloriar um mundo,
Em um delírio de louco,
Onde se vê os dois mundos,
Onde se agoniza não por pouco,
Onde se levam embora os miúdos,
Ele se inflama. Seu Crohn o inflama.
Ele se deita e vê sua cor,
Ele é pálido, ele é queimado.
Torture-o, ele clama,
Não o deixe numa cama.
Ele se perde, e perde a merda.
Nada mais o interessa.
O padrão o sufoca demais,
Liberte-me desse mau, eu posso ser capaz,
Eu faço e refaço letras,
Eu não liberto e liberto os medos.
Morra!. Não isso não agora.
Um poema de um dia,
Onde Crohn é minha verdade,
Um poema de um dia,
Onde um Deus não tem piedade.
Essa dor é inflamatória,
Dor bélica, da merda bucólica.
Por dizeres quão boa é a vida,
Um poema de desgraça,
Um paraíso que é perfeito,
De uma santa e sua graça.
Assusta-me por hoje Crohn,
Amanhã sou eu quem assusta,
Se hoje sou sua caça,
Amanhã brincamos de roleta russa.

By: AyKe.AeRa.

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