Fadigado

Feito em 26 de julho de 2011 e mais um dia que não me lembro...


Noite. Duas e meia da manhã. Eu começo.
Estou fadigado. Há muito que se fazer.
Espero acabar a tempo de o sol nascer lá fora.
Meus olhos já pesam. Eu preciso dormir.
Não vejo graça em perder meu futuro.
Ou de ficar um pouco mais careca.
A madrugada lá fora assusta. O silêncio predomina.
Aqui com o barulho da televisão eu quase durmo.
Antes tinha pelo menos uma música que me fascinava.
Mas por hoje cansei de ouvir tanto. E ficar acordado.
Uma tela me separa das letras. Um vidro embaçado.
Isso é a tela ou são meus olhos já pesados?
Com o dia de expectativa. Quase caio.
Mais um dia se passou. Estou fadigado.
Mas amo esse momento. Mas amo esse momento.
Um raio indica que dormi. Acordo e hoje tem sol.
Quero ver do que sou capaz.
A fadiga não passa. Quero mais. Posso mais.
Perfeita morte. Perfeita doença. Perfeito mundo.
Espero a noite para me fadigar.
Quero ser e não faço.
Não busco por caminhos que me levem,
Ou que me tragam.
Espero a próxima vez? Talvez nem exista.
Quero meu lugar hoje.
Quero ser o hoje. Não quero ser um futuro.
Por quê? Alguém nos avisa que temos que viver?
Eu luto. Guardo sobre mim tudo. Sou governado.
Meu espírito clama por mais.
Essa noite estou fadigado.
A dor atrasa em alguns dias meus planos.
Quero viver. Isso é o que me importa.
Estou fadigado. Não tenho nada.
Apenas algo para trocar como as figurinhas da infância.
O que você espera de mim?
Que lhe conte tudo sobre minha vida?
Que tente explicar o que sinto?
Não me basta a dor. Estou fadigado.
Tudo se explica por ações. Escritas verdadeiras.
Meu olho não seduz. Minhas palavras são de dúvidas.
A dúvida que lhe queima o cérebro a pensar,
O que esse idiota quer me avisar?
Sobre o que ele escreve?
Meros pensamentos sem dúvidas.
Hoje me fadiguei. Amanhã buscarei o sol.
Amanhã cearei com a lua.
Quero minha cura. Quero minha cura.
A fadiga me ateia fogo pela manhã.
Estou atrasado, preciso me desligar.
É tempo de recarga. Olhe para a janela.
Sim eu existo. Sim eu existo.
Não sou só. Posso ouvir os outros.
O que esperar desse idiota fadigado?
O que ele pode me fazer?
Cuidado mero rapaz ou moça. Você olhou a janela.
Nada está lá por acaso. O sol quase aparece.
Daqui a pouco me importo.
Será um belo dia chuvoso. Quantos dias chove lá fora!
Não me peça para não resistir.
Preciso ir deitar, estou fadigado.
Você foi avisado!
Já olhou por sua janela?
Não está um belo mundo lá fora?
O sarcasmo ainda me mata. Ou uma doença qualquer.
Hoje me fadiguei por tentar te avisar.
Você já olhou o que te espera lá fora?

By: AyKe.AeRa.

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