Hoje É Dia De Plutão

Feito em 30 de agosto de 2011...


Os olhos fecham. Sua boca seca. Você perde o ar.
Inúmeras podem ser suas causas,
Mas pode ter certeza,
Sua hora vai chegar.
Não sei se hoje a vejo com a mesma face,
Ou seu devo matar uma cabra para plutão,
Afinal ele é o Deus dos mortos,
Dos perdidos e sem direção?
Sou morto. Finjo viver.
Quando eu não sei o que quero da minha vida.
Ou quando não sei o momento de crescer.
Ou quando finjo não ter feridas.
O tempo passa meu caro, as rugas aparecem.
O futuro chega meu caro, sua vida acontece.
Chega enfim o ciclo da morte, e você morre,
O que você fez em sua vida?
Passou a vida em um curso que não gostava?
E seguiu o exemplo de sua mãe quando disse que Jesus é que salva?
Quem se salva é você meu caro. Não Jesus. Não ele meu caro.
Você ainda acha certo viver assim enclausurado?
Pensando estar em um circulo social fantasiado?
Que pena meu caro sua vida não pode ser vivida aos poucos.
Plutão o espera com os mesmos braços,
Para alguém que viveu intensamente.
Que cantou em uma janela, ou fingiu não ser mais gente.
Não ria da minha cara, sua otária. Sua fraqueza é minha vitória.
Você sabe o significado da palavra temor?
Um tiro no escuro, um pulo no abismo, isso sim é que é glória.
Quem sabe um mês que não tenha sido tão grandioso,
Pode ter sido um pouco assustador, ou também saboroso.
Mas não me diga que desistiu e comigo você nada aprendeu.
Nunca diga que não pode, ou que do sorriso se esqueceu.
Posso ser um palhaço ou às vezes no sempre ser um louco,
Mas pense no que já viveu, momentos bons não foram poucos.
Quando enfim fechar os meus olhos,
Ou parar instantaneamente de respirar,
Quando enfim encontrar a tão falada luz,
Posso enfim dizer que eu vivi.
Vivi meus extremos, meus medos, meus sorrisos,
Meus momentos, meus delírios, meus fascínios,
Minhas decepções, minhas frustrações e tristezas.
Posso dizer que morri em paz. Por que senti a paz na beleza.
A beleza de ser feliz às escondidas ou às claras.
A beleza de ser um eterno aluno no quesito experiências.
A beleza de poder erguer as minhas mãos para o céu de Jesus,
E dizer a ele, que não choro mais por pouco.
Plutão senhor da morte. Tantas escolhas eu vou é na sorte.
Quando enfim jogarem em mim a pá de terra inicial,
Onde sepultarem meu cadáver já sem nenhum sinal,
De ar ou de pulsamentos de um coração,
Diga ao vento o quanto vivi. Se for pouco olhe e daí!
Eu simplesmente já pude sentir quase tudo.
Pois tudo é meio impossível de se sentir.
Eu enfim pude olhar o horizonte no escuro,
Pronto quem sabe para dar aquele passo de um começo.
Depois de tudo ainda morro. Ou fico a pensar em viver.
Se alguns chegaram tão longe.
Por que comigo isso não pode acontecer?
A morte pode soar pesada.
Mas ela não é um fardo que se deve carregar em vida.
Ela é aquele momento de nossa prestação de contas,
De você mais seu subconsciente.
Depressa, devagar, aqui ou lá, enfim depois de tudo,
Pode ficar esperto por que sua hora vai chegar,
Mas não se trata assim o mistério,
Com tanto desprezo no coração. Vá viver irmão, hoje é dia de Plutão!

By: AyKe.AeRa.

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