Meu Cabelo Diz: Vai se Perder!

Feito em 14 de Agosto de 2011...
Hoje acordei meio descabelado,
Depois de tudo que passei por ontem.
Acho que agora aprendi a não me ouvir mais.
Aprendi a não mais confiar no que eu acho certo.
Ainda quem sabe, tenho medo de ser enganado,
Ou passado para trás pela vida.
Quem sabe fosse o correto, ou quem sabe não.
Mas se hoje acordei descabelado pelo ontem,
Foi por que quis acordar assim.
Então não tenha pena de mim.
Eu perdi. Por algo tão fútil que se chama tempo.
Foi assim que se sucedeu sua vida.
Quem sabe precise me perder um pouco,
Não ser tão inocente a ponto de acreditar,
Em tudo que penso ou deixo de pensar.
Nunca experimentei as drogas,
Quem sabe seja o momento.
Tantos gênios alucinados criam perfeitas obras.
Talvez se encher a cara escreva o que preste.
Eu enfim cresci. Eu não vou mais andar,
Pelos passos contrários de terror.
Agora sei o que é sofrer.
Depois não diga que fui mentiroso.
Quem sabe tenha que reescrever este texto,
Dizendo como é bom estar vivo e limpo.
Ou talvez esse seja o primeiro dos muitos,
Onde as alucinações paranoicas da morte,
Habitam meu cadáver vivo e intransferível.
Por um curto espaço de tempo fui feliz.
Por um curto momento fui glorioso.
Quem sabe não era a hora. Quem sabe fosse.
Mas não aproveitei a felicidade.
O que resta hoje são pensamentos,
E uma face fria e descabelada.
Eu vou me buscar pelo caminho errado.
Vou chegar lá. Eu não sou mau mesmo?
Enfim posso viver do mau.
E dormir com pesadelos sobre mim e você.
O pesadelo do nunca mais,
O pesadelo do momento à dois.
As noites irão me perturbar.
E nunca pude ver seus olhos castanhos,
Nunca pude ser eu mesmo para você.
Mas tudo foi perdido pela minha bobeira,
Hoje descabelado, comendo macarrão frio e só.
Ontem pintando o cabelo, comendo frango frito pensando no só.
E pensar que já passei por momentos melhores.
Talvez seja melhor raspar a cabeça por hoje.
Ou parar de comer e agoniar em fome.
Minha última opção são as drogas com bula,
Que apenas trazem frustrações.
Eu vou conseguir superar tudo isso.
Já superei perdas piores. Oh, minha mãe.
posso fazer você chorar hoje,
Para não chorar no amanhã.
Também cansei de tentar achar que tenho razão.
Macarrão frio. Sala escura. Música triste. Lágrimas.
Foi embora o tempo da diversão do colorido,
Ou do tempo que matava as pessoas,
Hoje quem se mata sou eu.
Quem cria histórias tristes sou eu.
Acordei descabelado. Minha cara está vermelha.
Preciso me castigar pelos fatos,
Enfim tenho motivos agora para me perder,
Por aí, nas noites escuras, em um mundo meu.
Pode ser meu final programado. †1993 †2011.
By: AyKe.AeRa.

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