A Morte Da Galinha Preta

Feito em 19 de agosto de 2011...

Foi naquela sexta feira de horror,
Uma sexta feira negra,
Onde todos sentavam sobre a mesa a fim de iniciar uma prece.
A galinha cocoricava, e uns andavam para trás.
Era assim que eles dançavam,
Com tantos rimas e carnavais.
Co-rico-co-có, Coricó, cocobango.
Era algo assustador que me despertava curiosidade.
Um tal de Co-rico-co-có, Coricó, cocobango.
Era assim que me alegrava, depois de tanto ouvir,
Era assim que me alegrava, depois de tanto sentir,
A frustração do cocobango. A frustração do sem cair.
Alguém enfim pode me alegrar,
E esse alguém é Coricó.
Alguém enfim pode me alegrar,
E esse alguém é cocobango.
Eu abri minhas asas para voar,
Mas sou uma galinha do co-rico-co-có.
Enfim a cor não vai mudar.
A velha preta do cocobango.
Isso não é para assustar, um admirador de uma vida,
Isso é para alegrar uma sexta de cocobango.
Vamos todos gritar: cocobango, cocobango.
Isso me lembra uma suringa ponga,
Mas é a sexta de cocobango.
A alegria contagia, esse é o dia.
A alegria comove agora ninguém se move.
Para o dia começar basta um cocoricar,
Para o dia terminar um cocobango,
Para o dia clarear basta um cocoricar,
Para o dia terminar um cocobango.
A galinha preta morre.
A galinha preta morre.
Para onde foi cocobango?
Co-rico-co-có, Coricó, cocobango.
Volta a me admirar com sua expressão de susto,
Isso não é magia, isso é apenas meu soluço.
Um soluço cocobango, um breve soluço.
Sexta feira seu denso horror,
É negro, é bélico, é cristão.
Sexta feira seu mistério,
É gélido, é denso, é comunhão.
Vamos morra sua praga. Vamos morra hoje é sexta.
A igreja que nos amarra, Co-rico-co-có.
Seus olhos são seus pecados.
Sua boca é o seu veneno.
Bico de galinha, pena de papagaio.
Bico de galinha, pena de papagaio.
Sexta feira do horror. Cocobango.
O sol já vai raiar, cocoricó diz o galo.
Derradeiro mistério de paixão,
Derradeiro mistério de cristo.
Onde estais? Aí no céu?
Você pode ouvir meu suplicio.
Cavalgue para a luz pequena galinha,
Suas asas possuem penas pretas,
Cavalgue para a lua pequeno sol,
Cocoricó. Cocobango.
Oito para oito, são oito cocobango.
Vamos dar as mãos. Grite Aleluia!
Essa é a prece da manhã de domingo.
A prece do sagrado dia matinal da manhã.
Não me queime por heresia.
Cocobango é alegria!
Co-rico-co-có, Coricó, cocobango.
Essa é a morte da galinha.

By: AyKe.AeRa.

Comentários

Postagens mais visitadas