O Frio e a Solidão

Feito em 22 de julho de 2011...
Eu não retardo o fato, tenho que escrever.
Sujo. Essa é a situação.
Doente. Essa é outra situação.
Quando beijarei a lua da desgraça?
Quando farei ruir os tempos já passados?
Se mova. Não pare. Seus pés estão juntos?
Graças. Mil e uma das mesmas. Graças.
Na maior posição e no melhor dos momentos.
É bravo. Isso é o que você acha?
Pare e pense com a mente.
Sua fúria de um pensamento sem sentido.
O que fazer? Não posso me atrasar.
Tantas datas e limites para cumprir.
Tantos em um, que não consigo decidir.
Bom. Hoje sou eu que escrevo.
Por que ser um trouxa?
Isso pode não fazer eu chegar à tempo.
Não me impeça de ser livre entre palavras.
Qual foi o motivo para o perdão?
Eu demoro. Não posso demorar.
Um futuro que acaba ali, em uma esquina.
Você não quis. Cheguei tarde.
Os escolhidos já são outros.
Meu sangue não é bom. Nem tenho sangue.
Quem sabe seja a solução!
Por esta porta eu não entro?
Chega mais um momento esperado.
Me livro dos ferros e amarras da boca.
Onde estão as chaves da algema?
Quero ver o sol da tarde.
Quero viver a estrela da manhã.
O que tanto se faz em troca?
Cheguei tarde. Esse mundo não é meu.
A inteligência não me gera os mesmos frutos,
A criatividade só me gera a desgraça,
Com minha cabeça ou corpo eu luto,
Para por fim nessa vida de farsa.
Quero poder voar. E abrir minhas assas.
Sou da lua. Quero sol. Sou cometa.
Impactante. Tiros de canhão. Uma escopeta.
Sou da noite. Quero o dia. Sou luminoso.
Quando você será usado?
Não dou sangue, não tenho sangue, não sou sangue.
Pouco ou nada. Onde pode ser tudo?
Demorei. Perdi o primeiro.
Demorei. Tentar andar ligeiro.
Quando poderei ter minha lixeira exclusiva?
Quando viverei por apenas respirar?
Onde retardo, onde demoro. Quem me impede?
Velho dia. Fato novo. meu ouvido não para de sangrar.
Vida nova. Sou um velho. Não consigo escutar.
Quem protegeu meus ouvidos?
Quem tapou minha visão?
Quem me aconselhou dos perigos,
De viver da escuridão?
Quase caio. Não demoro. Você vai me impedir?
Já desmaio. Não, não choro. Até onde eu posso ir?
Não, não posso. Cheguei atrasado.
Fui impedido, fui retardado.
Passo frio aqui sozinho,
Neste canto solitário e escuro.
Só preciso de um carinho,
Quem sabe então eu me levanto e curo.
Demorei, mas enfim cheguei,
Onde estava o seu pranto?
Demorei, mas eu cheguei. Revista-me com seu manto.

By: AyKe.AeRa.

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