O Ornado e Vicejante Caminho

Feito em 19 de agosto de 2011...


Alguém me disse para ir viver minha vida,
Esse alguém que sempre encontro pelos espelhos.
Por um momento quase enlouqueci. Havia me perdido.
Acho que foram as mortes. Acho que um pouco de sangue a mais.
Não sei. O que houve comigo?
Entre tantos desafios para uma vida,
Um caminho aparece vicejante de flores.
Seguido pelo mais colorido e tenebroso arco-íris.
Essa poderia ter sido minha oportunidade.
Quem sabe foi e nem perceba,
Você do espelho e eu não perceba.
Perdi-me após tanta cor de trabalho.
Tanta cor de vida. Tanta coisa e nada.
Cansei de tentar ver a perfeição ao seu extremo.
Sei que ela existe. Sei que preciso dela.
Mas não vivo mais por ela. Ela vive por mim.
Tenho medo de não agradar a maioria,
Com meus tantos coloridos e loucuras mil.
Tenho medo que alguém ria da minha cara,
Ou me menospreze por fazer algo diferente.
Quem sabe deva fazer o que é normal,
E não me estressar tanto com a minha perfeição.
A solução poderia ser, matar a alguém perdido do espelho,
Que apenas orna mais um dos tantos,
Que habitam o meu interior.
Meu caminho não poderia ser apenas a luz?
Por que devemos sempre aprender com as trevas?
Quem sabe minhas preocupações sejam tão fúteis,
Mas como não se preocupar com um mundo,
Onde o normal já é rotineiro.
Onde normal é pensar igual, fazer igual, ser igual.
Por quê? Somos diferentes. Não sou igual.
Quem sabe esse seja o principal problema.
Mas como ser alguém de um sonho?
Você do espelho não me deixa pensar.
Você do espelho me mostra meus defeitos.
Eu não quero mais ver você rindo das minhas loucuras.
Você apenas orna um interior que não é seu.
Quem sabe um deles tenha que morrer.
Para enfim poder ser 100% diferente,
E meus números enfim fazerem algum sentido.
Quem quer apenas viver não pode.
Por que tem medo do que vão dizer.
Quem sabe tudo que eu escreva mude,
Pois essa é apenas uma fase,
Em que me sinto perdido entre normais.
Em que me sinto perdido sem nenhum sentido.
Deve ser o espelho que me mostra,
O monstro que me tornei.
Deve ser apenas meu destino,
Mostrando-me as portas que eu fechei.
Portas de um sujeito normal. Portas de um caminho tão sem sentido.
Quem sabe me perdi em algum caminho,
Que não era o caminho principal.
Mas sei que bem lá no fundo espelho, você não deve ser ouvido,
Esqueci-me que você só me faz sofrer e me faz mal.
Você só me lembra arrependimentos.
E coisas fúteis, das quais nem lembrava mais.
Mas esse é um caminho para poucos.
E é um caminho feito de fortes escolhas,
Não escolhas sem algum sentido.
Um caminho ornado e vicejante sem princípios.
Sem pré-conceitos, ou sem outra moralidade qualquer.
Cansei de ser normal e tentar me encaixar.
Não faço, não sou, não sei. Não aprendi a ser normal.
Sou assim. Nasci assim: Um tanto louco um tanto perdido.

By: AyKe.AeRa.

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