O Propósito

Feito em 18 de julho de 2011....


Ele apenas queria servir ao seu Deus,
Com um único propósito.
Seu conhecimento era ouro.
Hoje a terra devora sua carcaça fria.
Como ele chegou lá?
Pergunte ao padre, a mãe, aos vizinhos.
Pobre criança. Um ótimo exemplo.
Como pode morrer assim? Uma trágica morte.
O propósito sempre foi esse.
Era um dia como outro qualquer,
O pequeno menino de olhar gelado e cabelo louro,
Ele vai para a igreja. Sua mãe o idolatra.
Ele vai para a igreja. O que esse menino tem hoje?
Sua mãe o segue. O que ele faz tanto naquela igreja?
O estranho é que o menino nunca teve aquele olhar.
Ele entra na igreja. O que esse menino faz aqui? E hoje?
O padre o espera. Ele conversa com o padre.
A mãe vigia a uma certa distância a cena.
O menino era tão sorridente. O menino brincava como outro qualquer.
O que acontecia naquela igreja? O porquê do olhar de gelo?
A mãe se apavora com a cena.
O menino tem um caso com o padre.
Um senhor da igreja e daquela idade?
Ela vê até onde isso pode chegar.
Isso chega ao seu limite. Ele é um padre.
Resolve dar um basta. Entra gritando e clamando por seu Deus.
“Largue meu filho seu pervertido e pedófilo!”
A igreja se tornou um caos e um abismo.
As figuras de imagens religiosas se revoltaram contra aquela mãe.
A mãe sai gritando assustada.
Ela não pode esquecer aquelas caras olhando para ela.
Não vê o carro. É atropelada. Seu fim?
Levanta. Quer seu filho. Volta à igreja.
Os seus gritos são de pavor. Ela é louca?
Seu filho a olha com o mesmo olhar de gelo.
O padre continua a molestar a criança.
A mãe pavorosa não pode se mexer.
Uma força a impede. Seria a força divina?
Os gritos são pavorosos. O tempo não para lá fora.
Ela vê tudo. Ela não pode se mexer. Ela vê as imagens.
Ela é louca. Aquilo é um sonho. Ela tenta se mexer.
Ele é seu filho. O seu belo menino de louros cabelos,
Saído de suas entranhas. Ela não irá perdê-lo para Deus.
Ela sai correndo. Achou uma pedra. Volta à igreja pavorosa.
As pessoas lá fora riem. Não ligam para sua cara e seus gritos.
Agora põe sua força naquela pedra. A mesma força pela qual gerou seu filho.
Ela o libertará? Ela o levará para casa?
A pedra atinge seu único filho. Ele sangra já morto no chão.
O que ela fez? Seu filho está morto. Onde está aquele padre?
Oh meu senhor. Ela o arrasta para casa, o mesmo filho do olhar gelado.
Ela o arrasta pela rua. Ele é seu filho. O que as pessoas olham?
Não foi ela quem matou. Foi a pedra e um padre.
Os vizinhos assustados vão para as janelas.
“O que essa louca fez?”, ”Deve estar possuída, senhor!”,
“Chamem a polícia. Ela matou o filho!”.
Ela chora já em prantos. Retornou com seu filho para casa.
Ela está ensangüentada. Ela não é capaz de olhar para o céu.
As imagens foram fortes. Ela não estava preparada a isto.
“Tanto conhecimento, ele era um Jesus de santo”, ela pensa.
“Não morra meu filho. Aquele homem o deixou assim”.
“Então você tem seus protegidos não é mesmo Deus?”
Enfim ela olha para o céu. Já é tarde seu filho está frio como seu olhar.
Desperta o relógio, é hora de acordar. A freira pavorosa acorda para mais um dia.

By: AyKe.AeRa.

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