Rochedo Ariel

Feito em 11 de Agosto de 2011...
O que você é capaz de fazer com uma sucata velha?
Una os tubos, dê vida. Nasce um robô.
Algo que fascina. Algo que domina.
Ela é uma sereia. Hoje o mar não está para peixe.
Você se lança ao mar. Ela quer você.
Ela quer seu sangue, mas ela é robô.
A sereia encanta com sua lataria,
A sereia canta nos rochedos, em agonia.
Ela nasceu para matar. Ela quer seu sangue, cuidado!
A mágica é que se penteia em um rochedo,
Ela está sempre pronta a atacar,
Um idiota que nasce ao acaso. Que navega em um mar.
Quem sabe seja de outro mundo,
Ou um anjo encarnado.
Quem sabe seja um demônio,
Com fome voraz e dentes afiados. Ela é um E.T?
Ela é apenas mais um mostro criado,
Entre tantos laboratórios, um rato enjaulado,
Sua paz é uma guerra? Onde está seu coração?
A supremacia à governa. Ela mata.
Quem morre é enlatado como sardinha,
O canto doce se torna um grito mecânico.
Uma réplica? Qual é seu número de fábrica?
A irônica sardinha da Sereia Ariel. Olhar biônico.
O que acontece à ela após cumprir sua missão?
Ela não tem mais combustível, para nossa diversão.
Um mar vermelho de sangue, em um rochedo.
Ela é perturbada. Quantas almas já levou?
Tudo é tão mágico e ela nem possui um cérebro,
Não pode pensar por si própria,
Cumpre ordens do fabricante,
A sereia da merda, do sangue, de Jesus cantante.
Estoura cabeças com suas mandíbulas,
Como balões em um colorido mar.
Seduz com sua beleza mecânica,
Ela lhe leva e não lhe chama pelo nome. Você some. Ah, você some.
Você ouve o canto que lhe leva ao rochedo?
Você se admira com o belo cabelo sintético?
Você é seguido pelo erotismo barato?
De uma sereia, sem perna de fato?
Bravo, você não respira, não se controla.
Bravo, você não respira, o mar é sua escola,
Escola sagaz de morte. Quer sua alma e não você.
Nem tudo que os olhos vêem o coração vê.
Vamos, não adianta rezar.
Seu barco vai ao rochedo, basta Ariel cantar.
Nos laboratórios criam-se personificações,
Vivas pessoas e robôs sereias,
Elas não respiram, você respira por elas,
A sereia sacrifica seu tempo. E você sua alma.
Os cientistas ainda procuram?
O que mais podem inventar?
Uma possível dominação do mundo,
Pela voz, pela fala, a sereia pode controlar?
Sua voz seduz ao prazer do sangue,
Do escarlate mar dos pecados,
Dos prazeres físicos impensáveis,
Dos desejos e sonhos imaginários.
Chegou a última leva, pequena sereia.
Seduza-os. Torture-os, Faça-os se perderem.
O sacrifício é por sua caixa metálica,
De onde se vê os primeiros sinais do fim da missão.
A última leva cai ao mar. Poucos sobrevivem para contar.
Sua missão acabou minha sereia,
Mais um respira quase sem ar,
No fundo do profundo oceano de seu rochedo, vermelho mar.

By: Ayke.AeRa.

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