Submerso Em Sangue

Feito em 09 de Setembro de 2011...


Milhões de vozes me sufocam em agonia,
As pessoas não podem me ver com alegria,
Eu sei que no fundo é uma fantasia,
Da minha mente de aberração e do passado ficção.
Não respiro eu estou submerso,
Eu danço no sangue que corre disperso,
No espaço que é chão. No espaço que é único.
Não olhe para trás e não vire seu rosto,
Não mexa a cabeça ou se quer o pescoço.
Lá se vai mais um mar de sangue,
Lá se vai apenas o começo.
As mãos dadas com a morte,
Que lhe olha e diz: ”Lhe agradeço!”
Pessoas sem vozes e sem espíritos,
Que me roubam tanta alegria e prazer,
Em ser alguém assim sem sentido,
Imerso no caos do sangue e do viver.
Todos abraçados no escuro,
Dançando sobre a luz do luar.
As mãos são submersas,
Os pés são amarrados,
E todos olham para você na festa,
Como se fosse o ultimo dos amados.
E quem não lhe dirige a palavra,
Como de esperança por um momento,
Tenta lhe cumprimentar com sorrisos,
Para lembranças que não me trazem contento.
Todos correm assustados pensando ver o que não vêem.
Mas eles olham para o lado, e se deparam com a paixão.
Querem sangue pros momentos,
Desce sangue já pro chão.
O sangue que vem de mim, meu sangue já sem sentido,
Escorre pelos meus braços que mantenho erguidos,
Estou submerso no sangue,
Derramado por nenhum motivo.
Estou submerso no sangue,
Derramado por meus tantos progressos.
Enfim posso não ser mais um cego,
Ou um idiota qualquer que tenta viver.
Espero sim, é você morte.
Quero enfim poder padecer.
Mas quem quer nunca pode.
Então vocês vão precisar ainda me ver,
Por bons longos anos, até me cansar e me matar,
Mas por minhas causas, não por você mera pessoa.
Submerso em sangue e lágrimas eu sei o é correto,
Não respiro, tomo sangue, me afogo em meu próprio sangue.
Não sou vampiro, não sou Jesus, sou assim algo macabro.
Quem sabe um pouco louco ou isolado,
Dessa real maneira de estar sangrando sem saber.
Submerso no sangue da madrugada se pensa.
Submerso em lágrimas que dizem querer viver.
Ou em tantos conselhos e experiências já trocadas.
Mas tudo isso durante minhas madrugadas.
O sangue não corre. Mas ele sangra.
O sangue não corre, mas ele me engana.
Quem é a merda?
Submerso em sangue acho meu foco,
E meu sangue pelo chão.
Submerso em um tonel de sangue eu vivo,
Aprendi minha lição.
Aqui meio desfocado, desregrado, perturbado,
Chacoalhando minha cabeça em transe total.
Quero ser sangue, tomar sangue, fazer o mau.
Breve síntese de um sangramento,
Breve síntese do que passo. Doença do meu mal dei-me seu abraço.

By: AyKe.AeRa.

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