Casamento Da Lua

Feito em 20 de novembro de 2011...


Os sons comoventes do vento nas árvores,
Um céu estrelado e uma certeza:
Haveria um casamento entre o tudo e o todo.
Era um início de uma minguante.
Era quem sabe o início de um futuro.
Ou de um passado, já parado,
Tão empurrado com a barriga todos os pesados dias.
A lua no céu já míngua. Desgraça prevista pela multidão.
Um raio que cruza o espaço e nos faz,
Alguém que nunca outro, porém igual.
Essa é a máquina de esquisitices do mau.
À noite, a lua e a esperança de não morrer amanhã.
Um porta retrato quebrado. Sem foto no espaço.
Adequação de memórias. Instabilidade de injúrias.
A destreza do fraco. O ímpeto de quem não aceita.
Mas um fim de novembro. Um fim de ano e momento.
Essa fase não é a mesma. Um manto e um boa sorte.
Não faça de sua vida um inferno. Não vá em direção à morte.
Você pode ter tudo que sempre quis,
Não faça os outros sofrerem por problemas que são seus.
O mundo já tem um problema. Não precisa dos seus.
Esse desabafo que me gela o coração.
Esse suicídio de tudo que nunca foi razão,
Para se deixar tudo para o nada e empurrar,
Hora de limpeza, na era do Aera.
À noite me chama. Levanto da cama.
Caso-me com a lua, essa bela valsa negra e triunfal.
De testemunha as estrelas Safira e Páscoa.
De testemunho os outros quatro sendo o um.
Um jovem empregado no mundo.
Um jovem honroso de talento a jato.
O mundo é certo. O mundo é exato.
O peso das correntes que levam ao fato,
De um suicídio social e sentimental,
Preciso ser alguém, a lua é minha arte.
Preciso ser alguém com alguma lição ou parte,
Pois querem repartir o mundo. Como homem sou doação.
Querem casar com a lua, com Cristo, com Belzebu sem razão.
Querem pagar os pecados, dos condenados,
Dos enclausurados, das fissuras de um inferno.
O calor da alcachofra, na dança dos loucos insanos.
Dos menores e desprezados, na luta contra os ciclanos,
Os ciclanos sem nome, sem codinome, sem endereço, sem memória,
Os computadores programados, para alcançar o mundo e história.
Bonito será bonito. Feio será feio. Fé será fé. Amor será dinheiro.
Esse negócio ainda lucra. Ou se abate por desprezo.
Com as juras já secretas, feitas pela fé,
Um diz sim é para todo o sempre, brilhante e prateada,
Rodeada por estrelas, de mensuras mil e encantadas,
O outro olha de baixo, como um espectador,
Dizendo-lhe ser honesto, com a vida e com a dor.
E se droga com o brilho, tão intenso e luminoso.
Suas mãos vão para o céu sem fim,
Ele luta para poder respirar, tudo foi cogitado,
Tudo foi visto pelos astros do céu,
Ele ali parado gritando, e ela ali no céu lhe olhando.
Ele desmaia. A noite é seu consorte.
Ele desmaia, a nevoa o encobre por sorte.
Ele descobriu mais um segredo. Tudo vale à pena.
Por mais que magoe as pessoas,
Sabe que seus mistérios serão sempre seus.
Por mais que desista dos sentimentos,
A razão será sua companheira.
A lua no céu sua esposa.
Mais um casamento da lua.
Lua, amiga lua, esse é nosso segredo. Belo descanso.

By: Ayke.Aera.

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