É Todo Meu

Feito em 20 de Janeiro de 2012...

É como se pudesse abrir e folhear,
Um livro do qual eu escrevi,
Um livro com meu nome na capa.
Um livro onde o tema sempre sou eu.
Um pouco narcisista, devagar e cavalgando,
Mas continuo te inspirando,
Com meus relatos e mentiras sobre verdades.
Mas esse é o único lugar onde,
Posso ser uma estrela sol,
Onde tudo gira em torno de mim,
E onde eu faço minhas vontades.
E aqui nesse lugar em que escrevo,
Pode ser deprimente, ou uma fuga da realidade.
E daí? Não gosto de viver em tudo que é real mesmo.
Talvez nunca acorde desse sonho,
Ou nunca acabe meu livro com o fim esperado.
Mas fins nunca são esperados,
E só podem ser concluídos com um ponto final,
Com um desfecho bom ou mau,
Do personagem quase sempre principal.
Alguns dão seu lugar de destaque para outros,
E seu próprio livro não é seu.
É um modo educado de tentar dizer a você,
Que muitos vivem a vida dos outros,
Mas isso por que os outros deixam viver.
Concorda comigo?
Especulo demais em tanta mentira,
Ou nas minhas próprias opiniões,
Que às vezes nem percebo,
Que existe alguém ainda que leia toda essa babaquice.
Mas no final saberei se foi tolice,
Minhas horas perdidas aqui nesse lugar.
Capítulos. Parágrafos. Versos. Estrofes.
Isso tudo pode cansar, mas não parar.
Não são tantos que no mundo vivem do que pensam,
Ou pensam para viver e transformar.
Mas isso é o que eu acho sobre tudo.
Não que não goste de ouvir opinião.
Mas esse lugar é onde me faço,
Onde sou eu mesmo e não me importo,
Com o mundo lá de fora que é real.
Apesar de que esse também às vezes me mostra,
Uns amargos sabores de realidade.
Mas não vivo dessa mentalidade,
De ser normal e não um louco.
Posso falar também que de santo não tenho nem um pouco,
Muito menos que não vou mudar meus conceitos e minhas palavras.
Mas esse capítulo da minha vida,
Só poderá ser meu. Eu sozinho. Eu sem ninguém.
Não digo que não irei me perder entre outros olhos,
Ou que não irei sentir nada,
Mas nesse capítulo quero ser apenas eu.
Eu e este lugar sem um fim.
Eu e este começo de estrofes e mais estrofes.
Quem sabe ainda termine com um feliz para sempre.
Não que prefira isso.
Sempre preferi romances com finais trágicos.
Mas aqueles nunca foram livros escritos por mim.
Apenas li eles. Apenas imaginei como seria comigo.
Mas meu livro é diferente.
Não o classifico como um romance.
Não o classifico como um conto infantil.
Acho que nem irei classificar.
Já enchi seu saco demais com esse papo,
De escrever livros e livros,
E versos e mais versos sem algum sentido.
Quem sabe você leia isso daqui uns anos.
Quem sabe daqui uns dias ou meses,
Quando não tiver nada para fazer.
Eu me dedico apenas a isso.
Eu apenas faço isso por que gosto,
Nunca usarei isso como uma desculpa para passar tempo,
Ou para me esconder das vontades que todos já tiveram,
De desabafar por muitos motivos,
Não que isso não seja bom. Eu aprendi a gostar disso dessa forma.
Mas hoje aprecio muito mais que isso,
Aprecio que escrever é ter o domínio,
Das letras, das grafias, dos versos impossíveis.
Dos temas imaginados, irreais e manipulados.
Dessa magia toda de você poder fabricar um algo novo.
Desculpe minha grosseria,
Estendi-me demais em tantas linhas,
Acabei perdendo totalmente o meu controle.
É por isso que escrevo. Para perder o meu controle.
É bom escrever, assim deixo muitos capítulos,
Escritos no meu livro.
O único algo que é todo meu,
É meu e é minha vida.

By: AyKe.HeineDef.

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