Gritos

Feito em 12 de Janeiro de 2012...
Minha alma geme em agonia eterna,
Minha dor é um caos do meu regresso,
Eu sei que posso por isso não peço,
Que você derrame suas lágrimas por mim.
Os gritos da noite, a alma da lua,
É escuro, meu medo, não posso mais enchergar.
Os gritos da noite, eles sempre aparecem,
Naqueles momentos que quero viver e me libertar.
A dor é intensa, prefiro a morte,
E fico jogado em uma cama na sorte,
De acordar melhor sem os gritos na minha cabeça.
As idéias surgem, as idéias aparecem,
As idéias são novas, as idéias me enlouquecem.
Pare de gritar, pare de me prender!
Pare de me fazer ser aquilo que eu não sou.
É obra da noite, desejo do mar,
Desejo do começo, de parar de chorar.
Essa dor que não passa,
Esse gosto amargo do inferno,
Eu serei alguém lembrado,
Viverei no espaço eterno.
Pare de gritar! Pare de gritar!
Não gema dentro de mim sua desgraça,
Você deve morrer, você será sufocado,
Me abandone, eu sou da guerra,
Do começo dessa era, um condenado.
Não ligo se você aprendeu a contar,
Ou se aprendeu a escrever seu nome.
Não ligo se sua mão dói,
Ou se os gritos lhe consomem.
Não grite! Não grite! Eu quero paz!
Morra! Morra! Sufoque esse trouxa!
Enterre seus ossos, enterre seus osso.
Você sabe o que fazer,
Você sabe o que fazer,
Repetir para frisar,
Gritar para não se esquecer,
Grudar para ajudar,
Separar para nunca mais doer.
Grite! Grite! Gema de sua dor!
A agonia lhe incomoda?
A guerra é a minha paz,
Somente ela que traz,
A felicidade desejada no mundo.
Amém! Amém! Badalam os sinos!
Amém! Amém! Alguém vai querer se jogar,
Da beira do abismo imoral,
Da beira do "eu sou normal".
Supremo mar da anormalidade,
Eu existo, eu gemo, eu sou,
Aquilo tudo do resto não sobrou,
Eu grito por seu contrato,
Por seu comando exato,
Por ainda ter um pingo de fé.
Em minha cama eu tenho dor.
Aquele mundo que vejo da janela já acabou,
Já acabou e só ouço os gritos.

By: AyKe.HeineDef.

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