Idade Média

Feito em 29 de Maio de 2012...

Vitrais magníficos, povos pacíficos,
Imposição, imposição.
Grandes hospícios, matadores e frigoríficos,
Imposição, imposição.
O tempo em que o dinheiro era a bíblia,
E Jesus ainda fazia nascer feridas,
Naqueles pecadores, por que pecadores?
Levamos todos os dias às velas,
Que iluminam nas noites todas as capelas,
Enchemos de flores, pintamos com cores,
Adoramos a Deus, e a tantos senhores,
Grandes cargos da religião.
Aramos os campos para o nosso senhor,
E no fim dia sempre mais temor,
Para onde foi seu coração?
Qual é seu sacrifício meu pai?
Ódio e rancor, coisa amena,
Eu irei para a igreja ficar com a alma plena,
E comprar por mais um pedaço do céu.
Arrepios, calafrios e gritos,
Idade da sujeira e do esquisito.
Levado por uma ambulância,
A caminho de um hospital,
Às vezes rodopiam as rodas,
Outras vezes as faço rodopiar.
Criança, criança, criança, o mundo é jovem.
Criança, criança, criança, dois por dois é a dança,
A dança de Noé e os animais da canoa.
Infância, criança, levado por rodopios do ar,
Queria um algo ou um alguém para falar.
Um ventre saído, um tempo gastado,
Um filho perdido, um tempo rasgado.
Uma lembrança triste e o dia sem dente.
Relâmpagos e raios partem-me como a um cordeiro,
Que esmola e retira o pecado do mundo inteiro.
Você perdeu sua fé? Cuidado com a fogueira!
Para onde você vai? Para onde você foi?
Meu quarto escuro, meu sono.
Escondam-me das tochas que ardem como o inferno.
Fechar os olhos e nunca mais pensar.
Fechar os olhos, fechar os olhos.
Frio e chuva, momentos depressivos.
Pedras, arados, lágrimas sem motivos.
É peste. Eu sou a peste que castiga esse povo cristão.
É luto na escuridão, é vulto, é motivo sem razão.
Palavras sobre palavras erguem muralhas e castelos.
Ferreiros atônitos que forjam espadas com martelos.
Voltando a era das trevas e do terror,
Dei-me sua mão não sinta ódio ou rancor,
É na merda que se vê o melhor lado dos sorrisos.
Voltando a era do ódio e do rancor,
Dei-me sua mão não sinta as trevas ou o terror,
Sorrir, sonhar, sorrir, sonhar, comando do sorrir,
Sorria para sonhar! Circuito.
Um sonho maldito esculpido em pedras,
São sete bilhões de palhaços que dizem sim,
Sete bilhões de pontos sem brilhos.
Solitária Idade Média!
Jorram cabeças ladeiras abaixo.
Jorram pessoas e transbordam os temores.
Lá vem o carrasco, essa foi a sua escolha,
A forca, a guilhotina, o homem de preto e mascarado.
Imposição, imposição.
Voltando a era das trevas e do terror,
Dei-me sua mão não sinta ódio ou rancor,
É na merda que se vê o melhor lado dos sorrisos.

By: JeAAne.ELeVen.

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