Desculpe-Me

Feito em 08 de Julho de 2012...
Não consigo mais escrever como antes,
Fico aqui sem saber o que falar,
Se eu faço como sempre ou se invento o novo,
Se eu sou verdadeiro ou engano mais um pouco,
Esse povo trouxa que sempre é enganado.
Não consigo mais escrever nada.
Parece que esse é o fim da jornada.
O fim das minhas palavras usadas,
Miseráveis e governadas,
Por tantos que não sabem mais nada,
Não sabem mais de nada.
Cansei de buscar por temas,
Por palavras sorteadas pelos dilemas,
Por essa porcaria toda de se fazer algo útil,
Não nasci para isso. Não nasci para isso.
Mas, não significa que eu desisto,
Por que eu sempre persisto,
Nasci para lutar até o fim de meus dias.
Não peço que você defenda meus valores,
Ou que eu cative os seus gostos e seus amores,
Ou que odeie tudo que faço.
Nunca pedi para você ler, ou para você dizer,
Que eu sou uma porcaria, que eu não sou prático.
Certa parcela de culpa será minha,
Por me iludir pensando que podia tudo.
Pensava que criatividade era eterna,
Que tudo que existe em um tempo vira uma era,
De glória, de inspiração, de paz e vitória.
Agora eu posso ver que meu tempo é passado,
Que meus grandes textos ficaram condenados,
Há um tempo que nunca mais poderá voltar.
Eu quanto plebeu e humilde clamo perdão,
Não consegui te cativar, ou construir uma oração,
Que perpetuasse as palavras no vácuo.
Cansei disso tudo que eu faço,
Por que não devo mais combater as minhas vontades.
Quem sabe nasci para isso, para dizer que desisto,
De tudo que sempre começo com tanta aflição e gosto.
Ao menos, tempo perdido não foi.
Quem sabe o que Deus me reserva para o depois?
Assim sem saber que não posso eu vou longe,
Quase escrevi um texto,
Sem temas ou sem contextos,
Por que enfim falei uma verdade pura em existência.
Se eu comecei pelo fracasso, terminei por desistência,
Das palavras formadas por vogais e consoantes.
Busquei temas, fiquei comovido, mas isso passou.
Eu sou um mortal, eu não posso mais tentar. Tudo acabou.
As águas serenas, o mar que era calmo, tudo cessou,
E eu aqui entro em mais crises literárias.
Tempo. Tudo pode acontecer.
Vivi o suficiente para saber o que é mudança.
Talvez isso inspire alguma confiança:
“Uma fagulha ainda vive em mim. Esse é o fim”.

By: Artus KieDake.


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