Meus 15 Anos

Feito em 30 de Junho de 2012...
Eu nunca quis ser desonesto com ninguém,
Muito menos um meliante.
Mas a vida muda e eu não posso evitar,
Isso deve ser sorte de principiante.
Não me veja como alguém que usa,
Talvez como um alguém que abusa,
Mas eu não quis ser desonesto com ninguém.
Hoje após meses eu consigo refletir para voltar,
Quem sabe o que uma noite pode me reservar?
Bom, como sempre, acho que nada.
Mas e daí? Estou voltando para essa parada,
Para essa mania de ter que rir para viver,
Ou quem sabe beber para sorrir.
Quantas vezes mais irei me omitir?
Eu sou assim meio dependente.
Já sorri tantas vezes em piores situações,
Aprendi muito cedo a não dar satisfações,
Do que eu faço ou deixo de fazer.
Hoje quero sair e beber sem ouvir reclamações,
Quero começar uma nova fase sem recordações,
Daquelas humilhações velhas e mortas do passado.
Posso sonhar? Não sou um meliante, nunca serei condenado,
Por que de mim nada saberão, apenas existo.
A fé é muito forte, por isso sempre insisto,
Alguém aí já ouviu falar da hipocrisia?
Será mesmo que não podemos fazer o que queremos?
Vontades, vontades, vontades. Será?
Acho que estou voltando para a realidade toda,
Esse tal do fim, que o mundo vai acabar.
Ninguém até hoje me explicou por que motivo eu desisti,
Por que motivo Deus me mudou.
Ninguém até hoje me disse adeus,
Chegou o fim, tudo acabou.
Não quero ser um desonesto, eu sei que isso machuca.
Melhor dizer assim direto, sem mentiras brutas.
Desenhos na minha parede nunca mudaram,
As cores das minhas roupas também,
Mas me diga, por que apenas eu sou assim,
Por que apenas eu sou assim?
Voltei a ter os meus 15 anos.
Voltei a acreditar naquilo tudo.
Quem sabe seja a minha maneira de acordar diferente,
Ou quem sabe eu que me finja de burro.
Mas sabe, cansei de tanta coisa morta.
Para mim hoje, beber é a única coisa que me importa,
Apesar de saber de todas as minhas limitações crônicas.
Não sei para onde foram as minhas rosas brancas,
Ou a minha mãe, que nunca chega.
Não sei por que não vou mais ao colégio,
Ou por que não vou mais para a igreja.
É acho que eu tenho mesmo 15 anos.
Quero fazer arquitetura, esses são meus planos.
Quem sabe seja outra peça da minha mente,
Que me queira ver assim, um pouco mais descente,
Será isso tudo um adeus para minha morte?
Hoje vou sair à luta, e que meu Deus me dê sorte!
Talvez eu saia e nunca mais volte.
Não sei para onde foi o meu cabelo loiro,
Não sei mais nada sobre nada.
Eu nunca quis ser desonesto com ninguém,
Muito menos um meliante.
Mas a vida muda e eu não posso evitar,
Isso deve ser sorte de principiante.

By: Artus KieDake.


Comentários

Postagens mais visitadas