Ovelha Negra

Feito em 26 de Julho de 2012...
Máquina de escrever barata.
Fábrica de enlatados sem latas.
Sopa de misérias e conquistas,
Você não pode ver o meu olhar medonho,
Aquele olhar que nunca mais verá seus olhos,
Por que a máquina do estado quer crescer,
E fazer quase tudo no todo acontecer,
E a religião é nosso próprio estado.
Calúnia! Você não sabe nada do que faço.
Fico perdido ligado com meus cabos de aço.
Fios pequeninos que mexem uma boca,
Que inventam e reinventam,
Que quebram com conta gotas,
Pois a vida é um eterno vazio missionário,
Alguém que tenha razão será sempre um otário,
Não me diga que eu fui verdadeiro,
E nem peça o porquê de certas palavras,
Algumas coisas não têm explicações,
Outras nem a vá filosofia salva.
Não quero saber se a fortuna é na Terra,
Muito menos se floriu alguma coisa na primavera,
Eu quero é estar a par dessa tal de guerra,
Que ainda ninguém mencionou em livros de história.
Mesmo criança quando eu ainda rendia glórias,
E ficava na espreita esperando para atacar,
Ainda assim eu via uma fagulha,
Que um dia em mim viria a me despertar,
Era um sorriso e uma criança estranha,
E as pessoas já não mais valiam nada.
Agora chega é de conversa furada,
O meu tempo para escrever está passando,
E alguém que esteja ai me observando,
Saberá que nada mais importa,
Se mexer nas minhas palavras ou por linhas tortas,
A máquina de escrever para.
Ninguém mais pode me mandar, sou uma visão rara,
Daquilo que eu sempre achei que poderia ser.
Agora intendo quando diziam que vomitamos palavras,
Ou que simplesmente inventamos conceitos,
Não quero me transformam em um personagem,
Quero transformar alguma coisa que ainda não sei.
Se ofender pouco me importo, ainda nem pensei,
Mas nada mais é questão de pensar,
Ou agimos ou ficamos no lugar,
Por que é assim que a vida anda hoje em dia.
Cantigas de rodas são miseráveis,
Crianças bonitas, futuros indesejáveis,
Prostitutas, vadias, caixas de supermercado,
Um lugar bonito na face, porém muito mais usado.
Um filho nunca será perfeito,
Mas para a mãe nunca terá nenhum defeito,
Mesmo sendo a ovelha negra desgarrada da família.
Desculpe se isso não lhe agrada,
Mais nunca pedi que me desse alguma satisfação,
Do seu apelo ou de seu gosto pelos meus textos,
Que saem da minha cabeça, não de meu coração.
Burro é quem tenta interpretar o que eu digo,
Será que não enxerga, isso é um toque de amigo,
Não quero me tornar mais uma máquina de fazer.
Quero pensar e montar e quero crescer.
Não posso mais ficar nessa mesmice de não ser verdadeiro.
Se você me odiar pelo que eu sou, desculpe-me,
Fui gerado assim, meio desordeiro.

By: Lord Swaam.


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