A Fogueira Moderna

Feito em 03 de Dezembro de 2012...
Quem sou eu?
Apenas mais um tolo maldito queimado na fogueira.
Que vive as escuras, descendo as ladeiras,
Que levam para o abismo central do começo dessa história.
Eu sou a magia, seguido pela inquisição,
Sei tão pouco, e sou pouco de mais,
Isso nunca dependeu de mim. Mas de quem realmente faz.
Sem forças ou hábito para tentar o inexplicável,
Eu já estou chegando ao limite do esgotável,
Desgastando os meus pés e lutando pela minha causa,
Não quero cavalgar por assuntos discordantes.
O que vale mais é minha fé ou a de um protestante?
Sou cristão, mulçumano, sou um ser de direito,
A liberdade da expressão, de amar o meu Deus eleito,
Eu quero a lua, a deusa que irradia as noites,
Quero o meu livre direito de magia,
Quero viver sem o medo da fogueira,
Em busca da minha tão sonhada alforria.
Eu escrevo as páginas da minha história,
Vivendo no escuro dessa total desilusão,
Se eu mostro que eu posso, isso é só decepção,
Um peso já morto no final dessa vida.
Eu quero a maldita liberdade conseguida,
Pelos grandes mestres de outro tempo.
Mesmo aqui desperdiçando o meu talento,
Eu não ouso errar por mais nenhum momento.
A situação é mais insuportável, pelo medo que se obtém,
Quando nada se faz nada se espera, isso é a lei do universo,
E mesmo sabendo que eu quero o meu próprio bem,
Eu luto na vida pelo mesmo motivo que é tão inverso.
Um caldeirão e mais um punhado de ervas,
A magia do bem que vem dentro de conservas,
A fuga do povo oprimido pela igreja,
Não pela crucificação, mas pela fogueira santa,
A inquisição que matava o futuro desse mantra,
O lado espiritual de um mundo que morreu.
Mesmo aqui desperdiçando o meu talento,
Já se queimaram na fogueira os mestres de outro tempo.
O que um quadro de 1982 nunca retrata,
É a minha vida de um cão vira-lata.
Em busca da chance de aparecer em um futuro,
Eu quero ser um mago, pensamento obscuro,
Foi assim que eu apareci nesse mundo,
Eu estou em um buraco sem fundo,
Virando a esquina daquilo que eu já fiz.
Quem não tenta, não quebra o nariz.
A amargura da minha total falta de competência.
Sou tão santo, e me sobra decadência.
Como posso ficar tanto tempo na bosta?
Vamos mundo, eu sou um lixo, por que você não me mostra?
Eu serei queimado pelos pecados que digo cometer.
A vida é um grande e imenso mar negro de apostas,
Não basta viver a vida, não podemos dar as costas,
Para os chamados que a vida vive nos empregando,
Eu já cansei dessa vida, o mundo está mesmo acabando,
Essa total merda de governo anarquista que não olha para o nada.
E se olha já sabe que não faço parte da jogada.
O total desespero de quem foge da cruz e da batina do torturador,
Da fogueira da desgraça de uma vida de terror,
A revolta aclamada de alguém já feito oito.
Cansei de temer a vida que quero ter,
O jeito é tentar fazer e acontecer.
Mas quem sou eu?
Apenas mais um tolo maldito queimado na fogueira.
Que vive as escuras, descendo as ladeiras,
Que levam para o abismo central do começo dessa história.

By: Artus. KieDake.
11 dias para o fim do mundo...

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