Por Mais Um Segundo

Tenso e relaxado. Tenso e relaxado. Tenso e relaxado.
O que pode me acontecer se sou um ser desalmado?
Tenso e relaxado. Tenso e relaxado. Tenso e relaxado.
Não aguento mais viver e nem escolher seguir um lado.
Muitos por aí vivem com inquietude de alma e coração,
Mas morro todo dia, em busca de total libertação,
E honro com respeito a minha própria salvação,
Abaixo a cabeça resignando-me, aceitando a ressurreição.
Estou tenso e relaxado, no limite do meu limite,
Estou tenso e relaxado, beirando o caos do apocalipse,
Estou tenso e relaxado, não estou procurando um palpite,
Estou tenso e relaxado, esperando o dia do ecplise.
Não consigo acessar minha informação,
Não consigo resignar os desejos internos,
E posso atuar e lidar com uma opinião,
E conduzir minha vida por verdadeiros infernos,
Onde todo o tempo e minuto se tornam eternos, oh sim!
Todo dia a minha vida se torna absoluta,
Não adianta fingir e omitir que não se luta,
Essa vida é relaxante, é tensa e tem extremos,
De bipolar a ser normal, nenhum de nós mais saberemos,
Aos poucos perdemos fagulhas e vamos morrendo,
Cabelo muda, gosto acaba e a barba continua crescendo,
E torno a gritar por não aguentar em certo momento,
Torno a fazer o tempo parar e se desculpar pelo momento,
Torno a me queixar e deixar escapar o momento,
O presente, o futuro, oh meu Deus, o momento.
Não se pode apenas respirar e virar uma máquina de ar,
Deve-se ser uma máquina a vapor que não para de trabalhar,
Essa é a vida, a minha vida, esse momento,
Eu faço e desfaço, eu cresço e apareço, me poupo tempo,
Por que a vida é absolutamente complexa?
Não se explica e nem se pergunta o do por quê,
Não se sabe e nem se faz mais não sei o que,
Por que não grito? Por que não faço e parto daqui?
O que me prende? O que solto? O que me faz querer rugir?
Estou perplexo com o destino das coisas e sensações,
Estou pregado em uma cruz entre vários pecadores,
E não estou mais sobre domínio das minhas próprias emoções,
Não peço clemência, peço respeito aos senhores,
Fiz um relato absurdo e desumano da minha vida,
Quem é que não sente ou pressentiu essa saída?
Doses de desejo da morte que arregalam meus olhos,
Travas de portas abertas, nem sei se possuíam ferrolhos,
E não adianta resistir e tentar impulsar para o contrário,
A vida é absorvida por tantas medicações e pelo horário,
E essa culpa? O desejo de ter ficado quieto em meu canto,
Encarar a depressão de perto, no fundo do abismo, ser um santo!
Posso desejar que minha vida acabe? Então que acabe tudo!
Posso desejar ser cego, ser surdo, ser mudo?
Posso querer a morte por mais um segundo?
Por um momento senti que não acabaria de escrever estas palavras.

By: AleXander. PiLLs.
Feito em 31 de Janeiro de 2014.

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