Q.U.I.M.E.R.A

Feito em 17 de Julho de 2014...
I

A dama da guerra chegou a uma Terra,
E exclamou ao som de Beethoven um pecado.
Disse-me com todas as letras onde estava a quimera,
Que iria me redimir de todo o meu passado.
E eu fui e me libertei daquilo que carregava nas costas,
Cansei dos desaforos e das mesmas opiniões de bostas,
Segui. Mudei. Parei para pensar e rever.
Será que vale a pena lutar, cair e nunca ceder?
O mesmo acontece com alguém neste momento,
O despertar para o amanhã liberta o meu pensamento.

II

É morte nesta luta sem causa e sem motivo,
É a morte a tudo que me deixa comovido,
Morte ao mundo e bem no fundo eu sou promovido,
Sou a quimera hermafrodita de um mundo sem sentido.
A passagem hermafrodita é um teste iluminado,
Um Deus quase Demônio que alterou o alterado,
Que persuadiu o lado mais fraco e atraiu o condenado,
Que fechou aquele ciclo. Que enforcou o pendurado.
E como não morrer ou fingir amar a vida?
Qual pode ser a luta? Qual pode ser a saída?

III

Estamos passando pela passagem,
E acreditando transpassar qualquer matéria.
Estamos apreciando esta viajem,
Ao núcleo do sol nas garras da fera,
A bela e grande assustadora quimera.
O mostro fabuloso das nossas fantasias sexuais,
Inspiradas em contos mitológicos ancestrais.
Meio cabra meio cobra meio leão,
Meio morte, meio vida, meio mito e encenação,
O sol flamejante que é a morte e encarnação.

IV

Com toda a força eu vou nascer de uma vagina espiritual,
Vou libertar os paradigmas do que é errado ou mau,
E vou criar uma ligação com esta fera,
Um princípio que parte do meu lado transcendental,
Você esteve correta oh dama da guerra.
Com toda a força eu vou nascer para um pecado,
Vou libertar os seus desejos e seu passado,
E vou criar uma ligação com esta quimera,
Que lhe transporta a um mundo condenado,
Sem ar, sem vida e sem atmosfera.

V

Queremos uma morte fascinante
E uma vida martirizante,
Queremos um pavor e um medo,
Um mundo inteiro de segredo.
Queremos uma bola de fogo flamejante,
Um belo par com diamante,
E temos medo de morrer tão cedo,
De perder a razão e um dedo,
Após um passeio radical e sem princípios.
Um sexo oral, uma tarde de vícios.

VI

Não represento sua causa, sua casa ou seu esquema,
Não represento um brasão, uma bandeira ou um emblema,
Sou eu a quimera que entrei em uma cena,
Para quebrar a monotonia deste poema.
Quero propor um desafio baseado no seu medo,
Levando um pouco da sua consideração e enredo,
Vamos guardar esta experiência na memória,
Acreditar que a vida é uma escola,
E que isso nunca passou de um passo em falso no escuro,
Somos irresponsáveis, tão jovens e inseguros.

VII

Represento o fogo, a água, o ar e a terra,
Represento a dama da escuridão Baphomet quimera,
Sou a pata dos ovos de ouro de um gigante adormecido,
Sou a vela que queima em um cemitério entristecido.
Sou o nascimento latente de lados quase cem por cento,
Sou a estrela apagada que ilumina um pensamento,
Vamos nascer de vaginas, vamos crescer influenciados,
Por um clima bem propenso a remição dos pecados.
Meio morte, meio vida, meio mito e encenação,
O sol flamejante que é a morte e encarnação.

VIII

E levanta-te e anda!
Cante e encante com a mesma ciranda,
A ciranda de um pênis vertical, um falo ereto,
A serpente da discórdia do que é o incorreto.
Lute! Bote força e decisão,
Um mundo tão belo, quimera paixão,
Uma cabeça de bode, uma de cobra e outra de leão,
A frieza da razão que impera sobre a emoção.
Meio morte, meio vida, meio mito e encenação,
Um sexo oral, uma tarde de vícios e uma excitação.

By: Sebastien Cavendish

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