Armadura de Guerra

Feito em 12 de Setembro de 2014...
Hoje a madrugada está iluminada,
E o meu corpo está blindado contra qualquer mau,
Acabei me perdendo em uma encruzilhada,
E acho que este pode ser um sinal.
Revesti-me com minha armadura,
Com um pouco a mais de consideração,
E me entreguei a minha própria bravura,
Olhei para um lado e tomei uma decisão,
Segui. Fui embora. Desapeguei desta loucura,
Chegou a hora de seguir uma direção.
Aos poucos o mundo mostra,
Que nossa vida não é uma bosta,
O que nos falta é um pouco a mais de empenho para viver,
Ninguém mais se importa, ninguém se pergunta,
Que escolha podemos ainda fazer?
O pouco que é meu não é contento que me agrada,
E quero mais que uma armadura, quero uma espada,
Pois sou meu, e sou meu, armei uma grande jogada,
Planejei do jeito certo, e se é certo não é roubada.
Dentro da luz, dentro do escuro, dentro da madrugada,
Um jogo seguro de um e só um, um jogo sem regra quebrada.
E quem diria como na sexta que é doze que aconteceria,
Que do nada e mais do nada eu enlouqueceria,
E assim ainda do nada eu nem mesmo esperaria,
Que chegasse este desejo tão pleno e claro como a luz do dia.
Um pernilongo está tentando sugar o meu sangue que é alimento,
Está tentando levar embora o meu suor e meu talento,
Não é desta forma, não vou embora sem meu momento,
Eu quero uma glória, uma armadura, um corpo blindado com o tempo,
Vou-me embora em uma noite chuvosa, com raios e muito vento,
Agosto na vida e na madrugada, aposto em eu e neste tormento.
Lembrança varrida, é de outra vida, outro sentimento,
Quem sabe é hora, oh minha senhora, o meu sofrimento.
Tem dias que acordo, em outros nem mais durmo,
Tem dias que bebo, tem dias que choro, em outros eu já nem fumo,
Saio por aí tentando me achar, ganhar algum prumo,
Nem mais me enxergo, nem bagunço o cabelo ou me arrumo.
Desejo-te sorte, um pouco de vida e um pouco de crescimento,
Não sou mais criança, não sou um adulto, e nem sou tão isento,
A culpa é mutua, a madrugada é clara, e eu estou aqui dentro,
Hoje o tempo resolveu não passar e está tudo muito lento.
Mentira? Mas sou meu e tenho minha armadura,
Pois se existisse um corpo blindado era o meu,
Minha armadura de guerra, e todo meu,
Minha carne, minha vida ele brilhava e era meu,
Este corpo blindado é o meu, e só meu.
E qual foi a sua promessa? E o que foi que você prometeu?
E agora tinha a espada, e a sua armadura e o seu corpo,
Ele mantinha a compostura e o rigor de um escopo,
Vivia fabricando sonhos com uma corda no pescoço,
E o corpo era o meu, o corpo era o meu e só meu,
Mas a culpa não é minha, e este corpo é todo meu.

By: Sebastien Cavendish

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