Ritmo da Lua

Feito em 31 de Janeiro de 2015...
Eu não sei mais se é tarde para apagar a luz,
E olhar para a lua em um dia de tempestade,
Eu peguei a minha blusa e coloquei o capuz,
Eu queria viver sem criar uma inimizade.
Eu estava sob o ritmo da lua,
Estava descalço andando na rua,
E eu provei a sua opinião com um bom veneno,
E olhe como o mundo costuma ser pequeno!
O meu feliz para sempre não depende do achar,
Do procurar a pessoa perfeita ou a certa,
Depende muito mais de acima de tudo me amar,
Sou um egoísta que carrega uma seta,
Apontando para um caminho sem volta,
Um caminho sem ida e sem chegada,
Andando em círculos e sem revolta,
Um assalto com a minha mão armada.
Eu não possuo um rótulo, sou alheio ao exterior,
Aprendi ainda cedo, a viver com a minha dor,
E não há nada mais dramático do que sadomasoquismo,
Amar a dor a todo custo, acima da vida e do terrorismo.
O ritmo da lua invadiu o meu peito,
Ativou a minha memória, em certo momento,
É bom e não é, por que existe uma contradição,
Dois lados opostos em uma mesma direção.
E posso afirmar com a convicção de um santo,
Que eu sou feliz com aquilo tudo que eu criei,
E posso afirmar que às vezes quieto em meu canto,
Eu não sabia o que dizer e por isso eu chorei.
Eu embarquei em um mundo que nunca foi o meu,
Adentrei em um mundo ácido e mais social,
Não liguei a luz para me deparar com este breu,
A lua foi à luz que me iluminou de todo mal.
Existe um canto, uma cantiga de roda,
Mandinga das boas que vem aos encantos,
Pactuar com o diabo ainda está em voga,
Pedir um milagre para todos os santos,
As vozes são, elas vão e se dissipam com o eco,
Eu limpo as minhas mãos ensopadas de sangue,
Eu não sou um cristão, mas mesmo assim eu peco,
Seguro com orgulho o símbolo da minha gangue.
Eu mato e repico, eu faço e desfaço,
Eu não sou um rótulo e nem mesmo um pedaço,
Eu amo o que eu fiz, eu amo o que eu faço,
Eu perdi o meu controle e eu cortei o seu braço,
A vida é bela, o ritmo é lua, o escuro é certo,
Estou sozinho, seguro e áspero, sem humor e sorrisos,
Estive longe do que eu fui, mas hoje cheguei perto,
Eu prestei atenção nas placas de avisos.
Eu sou alheio a opiniões de fora da minha vida,
Eu sou alheio aos rótulos e ao que você produz.
Estou feliz com o que eu faço, e está é a saída,
O meu feliz é para sempre, doce ritmo de Jesus.

By: Sebastien Cavendish

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