Serial Killer

Feito em 14 de Janeiro de 2015...
Eu tive medo do que iria encontrar na noite,
Um leão faminto? Um serial killer sedento?
Então eu parti e conheci todas as calçadas,
Amanheci na chuva e desbravei o relento.
Beijei todas as gotas de orvalho,
E busquei em cada estrela a minha salvação,
Pactuei em todas as esquinas com o Demônio,
Abri os braços para a escuridão.
Eu fui condenado a amar este pecado,
Por que todo pecador é um ser iluminado por natureza,
Busquei inspiração com um espírito sagrado,
Amar o escuro e a noite tem sua beleza.
Eu abri as feridas e coloquei frases prontas,
Não sei mais sobre o que, ou sobre o quanto,
Eu admirei os seus olhos úmidos e redondos,
Enquanto eu me envolvia com a melodia do seu pranto.
Eu abri o seu peito, coloquei uma faca envenenada,
Comi todos os seus sonhos, reneguei as suas falas,
Queimei todas as suas lembranças,
E cortei todas as suas amarras.
Eu amei com a noite, com a ritualização,
Eu devorei os fracassos e fui buscar pela luz,
A luz da cidade pequena, de mente fechada,
De força bruta e desleal, de Jesus e sua cruz.
Encontrei as pessoas que falavam e falavam,
Pouco me importava se elas ali ainda estavam,
As minhas pragas foram jogadas e acabavam,
Quebrando com os paradigmas que restavam.
Eu usei uma caixa de alfinetes para o vodu,
Eu pari das minhas entranhas a maldade,
Eu não tinha mais o controle for you,
Então eu apaguei todas as luzes da cidade.
Eu tive um orgasmo múltiplo com o inferno,
Eu queimei como um vagabundo sem amor,
Eu busquei a companhia daqueles coitados,
Que eram usados por um trago e uma dor.
Eu estive bebendo e enchendo a minha cara,
Eu busquei nas drogas a minha grande heroína,
Eu comprei as pessoas com bebida e cigarro,
Eu me alucinei usando uma boa cocaína.
Eu encontrei o leão e todas as feras,
Eu fui um Serial Killer das noites escuras,
Eu matei todas as minhas piores dores,
Ficando por aí, vagando nas ruas.
Busquei as mentiras em todas as frases,
Eu achei um anticristo em todos os olhares,
Caí em um encanto que me puxou com as garras,
De um animal venenoso das mesas dos bares.
Nós não podemos ser condenados por amar com o por do sol,
Eu estive na noite, espiritualizado e sem medo,
Somos nós os condenados que buscamos pelo prazer,
Da noite e de noite, este é o meu segredo.

By: Sebastien Cavendish

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