Belo Silêncio

Minha alma? Ela está inquieta como os meus pensamentos,
Estão vivendo esta controvérsia universal que se vive,
O ser humano e os seus inúmeros julgamentos,
Filosofando sobre tudo aquilo que eu já tive:
E não se vive! E não se vive! Só aquilo que eu já tive,
Por todos os lugares e os não lugares, que já passei e já estive,
Não se vive! E o silêncio, o bom silêncio nunca se pega,
Belo silêncio, cadê o silêncio? Um substantivo que não se nega.
As palavras se foram junto com os problemas do outrem,
Os meus maiores problemas passaram a ser internos.
Cansei dos recursos subutilizados do porém,
Filosofando sobre os sentimentos que já foram eternos:
E não se vive! E não se vive! Só aquilo que eu já tive,
Por todos os lugares e os não lugares, em que eu já passei,
E não se vive! Eu nem estive! Eu não lhe conheço e eu nada sei.
Não se vive! E o silêncio, o bom silêncio nunca se apega,
Belo silêncio, cadê o silêncio? Estamos brincando de cabra cega,
No escuro é eterno, é cego, é sem visão,
Cadê o silêncio? Cadê a vida? Cadê cabeça e coração?
Belo silêncio, rigoroso, libertador e deprimente,
Alma bela que levita na posição desta era,
Cadê a vida que não se vive neste planeta e nesta Terra?
E não se vive! E não se vive! Só se vive o que eu já tive!
Não se vive! E o silêncio, o bom silêncio nunca apela,
Belo silêncio, cadê o silêncio? É o meu corpo em uma capela.
Minha alma não se acalma, tenho obrigações para cumprir,
E não se vive de silêncio eu abro a porta e vou sair,
Belo silêncio, cadê o silêncio? Então não respire, irei partir.

By: Ayke La’Reyl
Feito em 17 de Abril de 2015.

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