Rain de Janeiro

Cibila é o nome que dou para a tempestade de Janeiro,
Aquela que está se formando no horizonte da madrugada,
Com tantas dores e relâmpagos eu me congelo por inteiro,
Por que eu não quero mais sentir por um bom tempo nada.
Esta chuva está se formando em um turbilhão de vento,
Rodando como meu moinho dentro da minha cabeça,
“Você é um ninguém, o que é aquele garoto sem talento?”
Eu não sou mais, mas não sou menos, então me esqueça!
Rodando dentro da minha cabeça! Se esqueça, se esqueça!
Rodando dentro da minha cabeça!
Eu não sou o combustível que abastece de bom grado,
Um filho da puta de merda que não cresce,
As piores palavras eu nunca falo por que sou educado,
E esta tempestade toda vem e me escurece,
É the Rain de Janeiro que me assusta e dá medo,
O final do verão climático e sintomático,
Depois vem o carnaval de um Fevereiro ameno,
Muito mais simbólico e muito mais prático.
O céu se revira entre nuvens escuras e densas,
E meu corpo se contorce em cólicas crônicas e tenebrosas,
Eu acalmo a mim mesmo e todas as minhas crenças,
Por que sempre existiram tempestades grandiosas.
E no fim de Janeiro após tanta água cruzar a ponte,
Quem sabe o que poderá me ocorrer!
Se eu encontrar dentro de mim aquela secreta fonte,
Nada mais irá conseguir me parar ou me deter.
É the Rain de Janeiro que me assusta e dá medo,
A gripe de escuridão que me deixou bem apático,
Depois a dor que me abateu hoje bem cedo,
Me deixou um pouco mais agressivo e dramático.
Eu não sou mais, mas não sou menos, então me esqueça!
“Você é um ninguém, o que é aquele garoto sem talento?”
Rodando como meu moinho dentro da minha cabeça,
Esta chuva está se formando em um turbilhão de vento.
É the Rain de Janeiro no horizonte da madrugada,
É the Rain de Janeiro que me assusta e dá medo,
É the Rain de Janeiro que não se parece com nada,
Apenas com o funeral da minha morte sem um enredo.

By: Vinicius de Góis
Feito em 13 de Janeiro de 2016.

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