Complexo de Frankenstein

Sim. Talvez eu nunca existi.
Ele pode ter razão.
Ou quem sabe eu nem deva.
Opinião é opinião.
Minha irmã disse com convicção:
“Frankenstein!”
Sim. Eu sou um Frankenstein,
Todo aos pedaços.

Sim. A palavra é cortante.
Ele pode ter razão.
Ou quem sabe eu nem deva.
Raio e um trovão.
“Doutor cadê o meu coração?”
“Não sei, Frankenstein!
Não sei, Frankenstein!”

Talvez não seja a hora de comprovar minha existência?
Parar de reclamar e sair da decadência.
Lapidar alguma virtude que não seja a paciência,
Ir na luta contra tudo, neutro entre religião e ciência?

Eu sou um punhado de adjetivos bons e ruins,
Sou um punhado de palavras e significados,
Sou um punhado de versos e sentimentos unificados,
“Eu não sou um monstro Doutor! Não sou um monstro!”

Estou cansado de todo drama,
Levantar com insônia da cama,
E tentar provar alguma coisa para o mundo.

Estou cansado da humanidade,
Cadê meu remédio de imunidade?
Eu não o tomei e acabei moribundo.
Sobrevivi bem lá no fundo!
Eu tenho o hábito de prejudicar a mim mesmo.

Sim. Talvez eu nunca existi.
Ele pode ter razão.
Talvez não seja a hora de comprovar minha existência?

By: Vicenzo Vitchella
Feito em 01 de Maio de 2017.

Comentários

Postagens mais visitadas